27/04/2022 - 15:17
A pandemia causada pela Covid-19 alterou as relações de trabalho em todo o mundo, levando milhões ao home office. No entanto, muitos não desejam retornar ao trabalho presencial, principalmente jovens nascidos depois de 1990, a chamada Geração Z.
Segundo um estudo publicado pela ADP Research Institute com mais de 32 mil trabalhadores de 17 países, incluindo o Brasil, 71% dos jovens de até 24 anos preferem procurar outro emprego do que voltar ao trabalho presencial.
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A taxa entre os trabalhadores da Geração Z é maior do que os 64% entre os mais velhos.
“Para este segmento de trabalhadores, a mudança do local de trabalho para casa foi bastante natural. Estes trabalhadores jovens que nunca colocaram o pé na porta e honestamente não sabem o que estão perdendo em termos de local de trabalho”, afirma Nela Richardson, economista da ADP e coautora do estudo, ao Business Insider.
Richardson destaca que fornecer mais flexibilidade de horários e locais de trabalho pode ser uma maneira de atrair e manter talentos. “Em geral, estamos vendo os trabalhadores darem mais prioridade ao tempo. Não é que as pessoas quem apenas trabalhar em casa, elas querem mais flexibilidade”, comentou.
Um empregado que se demitiu depois de precisar voltar ao trabalho presencial disse ao Business Insider que “não queria estar em uma empresa onde a liderança não estava disposta a ouvir seus funcionários, e o controle era mais importante do que manter seu pessoal motivado”.
A pesquisa ainda mostra que 64% das pessoas em trabalho remoto discutem progressão de suas carreiras com seus superiores, contra 43% do trabalho presencial. Dois terços dos trabalhadores remotos dizem ser reconhecidos no trabalho contra apenas metade dos trabalhadores presenciais.
No Brasil, porém, 50% dos trabalhadores da Geração Z preferem trocar de emprego a retomar o trabalho presencial.
“Os brasileiros estão mais à vontade com a ideia de retornar ao local de trabalho em tempo integral do que seus pares na região ou em qualquer outro lugar do mundo. Mesmo assim, metade consideraria procurar outro emprego se o empregador exigir que fizessem isso”, afirma a pesquisa.