O gergelim se juntou à lista dos principais alérgenos alimentares definidos por lei, de acordo com a Food and Drug Administration, o equivalente a ANVISA dos Estados Unidos.

A mudança, que entrou em vigor em 1º de janeiro, é resultado da Lei de Segurança, Tratamento, Educação e Pesquisa de Alergias Alimentares, que foi sancionada em abril de 2021.

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A FDA está revisando a possibilidade de colocar as sementes de gergelim na lista dos principais alérgenos alimentares – que também inclui leite, ovos, peixe, crustáceos, nozes, amendoim, trigo e soja – há vários anos. Adicionar gergelim à lista dos principais alérgenos alimentares significa que os alimentos que contêm gergelim estarão sujeitos a requisitos regulatórios específicos de alergênicos alimentares , incluindo aqueles relativos à rotulagem e fabricação.

As alergias ao gergelim afetam pessoas de todas as idades e podem aparecer como tosse, coceira na garganta, vômito, diarréia, erupção na boca, falta de ar, respiração ofegante e queda da pressão arterial, segundo o Dr. Robert Eitches, alergista, imunologista e médico assistente do Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles.

A FDA realiza inspeções e amostragem de produtos alimentícios para verificar se os principais alérgenos alimentares estão devidamente rotulados nos produtos e para determinar se as instalações de alimentos estão impedindo o contato cruzado com alérgenos, de acordo com o site da agência.

“O que isso significa é que, para 1,6 milhão de americanos com alergia ao gergelim com risco de vida, a vida melhora a partir de 1º de janeiro de 2023”, disse Jason Linde, vice-presidente sênior de assuntos governamentais e comunitários da Food Allergy Research & Education, uma grande financiador privado de pesquisas sobre alergia alimentar.

“Durante anos, (as pessoas) com alergia ao gergelim com risco de vida tinham que olhar o verso do rótulo, ligar para o fabricante e tentar descobrir”, disse ele. “Se foi incluído, foi apenas incluído como um tempero ou sabor natural.” A nova lei “é uma grande vitória para a comunidade de alergia alimentar”, disse Linde.