A corretora Credit Suisse Hedging-Griffo, ligada ao banco Credit Suisse, recebeu, na quinta-feira 10, uma solicitação de cotistas do fundo imobiliário CSHG Brasil Shopping. Os cotistas querem propor a redução da taxa de administração do fundo, hoje em 1,5%, para 0,6%. Eles são representados pela gestora Hedge Investimentos, fundada por André Freitas, ex-sócio do Credit Suisse, e especialista em fundos imobiliários.

Na carta enviada à administradora, Freitas argumenta que o fundo CSHG Brasil Shopping é, atualmente, o que cobra a segunda maior taxa de administração, considerando-se os 30 fundos mais relevantes que compõe o Índice de Fundos Imobiliários da B3 (Ifix). “Nos mais de dez anos desde a criação do fundo, o mercado de fundos imobiliários evoluiu e passou por diversas mudanças”, escreveu Freitas.

O segundo lugar é ocupado pelo BC Fund, gerido pelo BTG Pactual. Segundo informações na página do fundo na internet, são cobrados 1,5% de remuneração à gestora e 0,25% de remuneração à administradora, em um total de 1,75%.

Na carta, Freitas argumenta que as taxas de administração mais elevadas faziam sentido em um cenário de juros referenciais de 14,25% ao ano. No entanto, argumenta, com a perspectiva de uma Selic encerrando o ano a 7,5% ao ano, esse percentual está elevado.

No fato relevante, a Credit Suisse Hedging-Griffo informa que vai avaliar o assunto e, oportunamente, vai divulgar sua decisão ao mercado. Na sexta-feira 11, as cotas do fundo, negociado sob o código HGBS11, fecharam com alta de 0,8% a R$ 2.168.