O empresário americano Jean Paul Getty (1892-1976), dono da Getty Oil Company, foi em seu tempo considerado o homem mais rico do mundo, dono de uma fortuna de US$ 8 bilhões, em valores de hoje, pela revista Fortune. Ele era também, um frasista de primeira. É dele a afirmação de que “o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor é essa mesma empresa mal administrada.” 

Válida por mais de um século, período em que as grandes petroleiras mandavam e desmandavam no mundo, promoviam revoluções em favor de seus interesses, entronizavam e derrubavam governos, a frase perdeu sua validade, a julgar pelo noticiário recente, envolvendo as petroleiras mais poderosas do planeta. 

Segundo um relatório divulgado na quinta feira 14, pela consultoria britânica de energia Wood Mackenzie,  fustigado pela queda acelerada dos preços do petróleo, que haviam chegado a um recorde de US$ 113, em abril 2008, e cairam mais de 70% nos últimos 18 meses, sendo negociado a US$ 29,42 o barril (muito abaixo dos custos de produção), o setor adiou nada menos de 68 projetos ao longo de 2015. 

Ao todo, o adiamento da abertura de novas frentes de produção, equivalentes a 27 bilhões de barris, representaram um corte de investimentos de US$ 380 bilhões, envolvendo gigantes como a Shell, Exxon, Chevron, Total e Petrobras, entre outros.

Se Getty estivesse vivo, talvez estivesse pensando em abrir um banco ou uma igreja.