13/09/2018 - 16:05
O mercado de streaming de games anda aquecido pelo Brasil. O cenário hoje dominado pela Twitch TV – empresa controlada pela Amazon que adquiria a marca em 2014 por US$ 970 milhões – acaba de ganhar concorrente de peso no Brasil, a chinesa Cube TV, financiada pela gigante do país, YY.com, uma das maiores empresas de tecnologia do país especializada em plataformas de vídeo.
A Cube TV chega ao país com estratégia agressiva, com aporte da YY de US$ 273 milhões. O valor é explicado pelo potencial que a marca enxerga no país. “Calculamos um público gamer de 60 milhões de pessoas no Brasil, que já é o 13º maior do mundo nesta indústria”, explica Marta Cheng, general manager da Cube TV para a América Latina. O cálculo inclui casual gamers (aqueles que jogam apenas esporadicamente) e hardcore gamers, o verdadeiro público alvo da empresa. “A previsão é de que o serviço consiga atingir de 2 a 3% deste público”, completou a executiva.
Para atingir os objetivos, a empresa chega ao Brasil com estratégia agressiva, contratando nomes famosos na área, como BrTT, e-atleta de League of Legends do Flamengo. Segundo a Cube, a remuneração mensal dos streamers pode chegar a até US$ 60 mil ao mês.
Além de nomes consagrados, o serviço busca garimpar novos talentos, trazendo remuneração para streamers que não tem contrato com a empresa mas que angariam bons números em suas transmissões ao vivo. “O mercado de stream brasileiro é escasso. Tem muita gente que tem vontade de fazer isso mas não tem a motivação. Com nosso sistema de remuneração buscamos trazer gente nova para a Cube TV e encontrar novos talentos também”, explica Pietro Limone, desenvolvedor de marketing da marca.
YY.com, a cabeça por trás da Cube TV
Por trás do controlado mercado de internet da China, estão diversas redes sociais gigantes que acabam não tendo visibilidade no ocidente. É o caso da YY.com, gonglomerado de serviços de streaming que cujo o valor de mercado está em US$ 4,72 bilhões. Seu serviço mais famoso é a YY, rede social focada em chats de conversa em vídeo ao vivo que já passa de 100 milhões de usuários.