18/02/2025 - 16:53
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta terça-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), frente às críticas feitas por um aliado, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.
“Lula entrou na vida política do Brasil para enfrentar os ventos e as adversidades. Já superou situações ainda mais difíceis sem nunca se abater, porque é movido por um ideal de país. E, principalmente, porque nunca se isolou do povo brasileiro, que nele depositou mais uma vez sua confiança, para transformar o presente e construir o futuro”, diz trecho da mensagem de apoio publicada no X (antigo Twitter).
Em uma carta aberta enviada a ministros e pessoas próximas ao presidente, Kakay disse que Lula “não faz política” em seu terceiro mandato presidencial, afirmando ainda que o petista segue “isolado” e “capturado”.
Gleisi disse ainda que Lula “foi e continua sendo a única liderança capaz de conduzir o Brasil, democraticamente, rumo ao desenvolvimento com justiça social”. Entre declarações com mudanças de posicionamento, o presidente não bate o martelo sobre concorrer à reeleição em 2026, afirmando que dependerá da “vontade de Deus” e de sua saúde.
Como antecipou o Estadão, Gleisi é cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo, no contexto da reforma ministerial prestes a ser iniciada por Lula.
O mal-estar causado pelo “fogo-amigo” se soma a uma série de intempéries que o presidente atravessa, ilustradas na queda histórica de sua popularidade. Segundo o levantamento do Datafolha divulgado na última sexta-feira, 14, a aprovação do governo caiu, em dois meses, de 35% para 24%, atingindo o pior índice dos seus três mandatos na Presidência.
As críticas também passam pela visão de que o terceiro governo do petista ainda não mostrou nenhuma marca própria. Gleisi também usou o texto para responder diretamente a essa ponto, afirmando que “o governo Lula já imprimiu sua grande marca: mais empregos, mais salário e renda para a população”.