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Neste sábado, 4, a General Motors anunciou o cancelamento das 1.245 demissões das fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

O fato ocorre um dia após o Tribunal Superior do Trabalho ter rejeitado um pedido de liminar da montadora para que as demissões fossem mantidas.

Será realizada, na tarde de segunda-feira (6), uma reunião da GM com os três sindicatos.

+ Greve por reversão de demissões para fábricas da GM em SP

“A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram 13 dias de greve e muita união em defesa dos empregos. Mostramos a força da nossa categoria”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano, em nota divulgada.

Desde 21 de outubro, a GM demitiu 839 funcionários em São José dos Campos, 300 em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes. A medida levou a uma greve, que iniciou no dia 23 de outubro.

O sindicato ressalta que a montadora fez os desligamentos, apesar de ter assinado acordo de layoff no qual garantia estabilidade no emprego para todos os funcionários até maio de 2024. Outro detalhe é que a companhia fez a demissão em massa sem abrir negociação prévia com o sindicato.

Confira abaixo a nota da GM na íntegra:

“No dia 23 de outubro de 2023 a General Motors rescindiu contratos de trabalho de parte dos empregados das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. A medida foi tomada após várias alternativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário, essa não aprovada nas fábricas, sem a proposição de qualquer alternativa.

Os Tribunais Regionais do Trabalho decidiram pelas reintegrações dos empregados, cujo cumprimento vem sendo implementado pela empresa desde o recebimento das ordens judiciais.

Seguiremos comprometidos com o diálogo e com a transparência para que possamos chegar a um rápido acordo, que seja justo e que nos permita seguir produzindo e investindo no país.”