19/05/2004 - 7:00
Um happy hour mais do que saudável é juntar os colegas de trabalho e ir ?bater uma bolinha?. Virou prática comum no país do futebol. E foi pensando nessa confraternização de final de expediente que o engenheiro civil Marcus Abrão decidiu ganhar dinheiro. Ele é o dono do Playball, rede que hoje reúne 45 campos de futebol society na Grande São Paulo. O primeiro foi aberto em 1983. Era a época dos campos de terra batida, chamados de ?areião?. ?Comecei por brincadeira?, conta Abrão. Mas logo ele largou a engenharia e começou a se dedicar em tempo integral ao novo negócio. Dez anos depois, descobriu a fórmula para multiplicar os lucros: importou dos EUA a grama sintética. Bingo! O aluguel das quadras dobrou.
Hoje o Playball tem seis unidades, que recebem 60 mil visitantes ao mês. A rede fatura cerca de R$ 8 milhões por ano só com o aluguel dos campos. Engana-se quem pensa que o negócio se restringe aos rachões. O lugar acabou se tornando um complexo que reúne churras-
queira, sauna, lanchonete, estacionamento e loja de artigos espor-
tivos. Por ano ele vende em suas lanchonetes 1,4 milhão de latas de cerveja, 630 mil de refrigerante e 225 mil unidades de isotônico.
Outra fonte de receita é a oganização de torneios para empresas. Em 10 anos já foram feitos mais de 760 campeonatos, entre 1.500 companhias. Seus principais clientes: Unibanco, Adria, Hershey?s e Votorantim. ?Nós oferecemos tudo: comida, transporte e hospedagem?, diz o empresário. Como algumas das empresas atuam em outros Estados, o Playball montou parcerias com hotéis para
poder receber seus jogadores. O preço aumenta, é claro. Os pacotes de campeonato variam entre R$ 50 mil até R$ 500 mil (para quem precisa de ?concentração?). O valor inclui os uniformes, bolas, arbitragem, flâmulas dos times, fotos, filmagem, transporte e
troféus e medalhas, é claro.