Desde os anos 30 uma das principais regras do golfe não muda: um jogador pode levar consigo no máximo 14 tacos. Cada um de um tipo, cor, tamanho e utilidade. O caminho em busca do hole in one (jogada em que a bola entra no buraco com apenas uma tacada) não é tão simples. Não basta apenas talento. É preciso, além de conhecer esse esporte de elite, ter equipamento de ponta. ?Tecnologia é essencial para o jogador?, diz David Oka, gerente comercial de golfe da Wilson. Nesse campo, há várias empresas disputando o melhor lugar no green. Entre elas, pode-se encontrar a Wilson e a Diamond Touch.

Elas sabem que, como uma Ferrari não pode acelerar com gasolina adulterada, um bom jogador não pode andar com um equipamento que deixa a desejar. Justamente por isso, a Wilson desenvolveu o Driver 1 deep red. É o típico equipamento usado para dar a primeira e mais longa batida. Com um ângulo de 7,5 graus, o deep red é confeccionado em grafite, com a cabeça em liga de titânio e não sai por menos de
R$ 1,6 mil. ?Com esse taco é possível dar uma batida de 300 jardas (uma jarda equivale a 0,92 metro)?, diz Oka.

Diamante. A Diamond Touch foi um pouco mais longe. Ela confeccionou o DR 4E, que remete ao slogan Diamonds rolls forever (Diamantes duram para sempre). Ele foi criado pelo amador Mahlon Dennis, que sempre jogava golfe com os filhos e não se conformava em não dar a tacada mais longa. O que ele fez? Colou um disco revestido com pó de diamante, o material mais duro existente na natureza, na cabeça do taco. O resultado foi surpreendente: a bola disparou centenas de jardas.

A partir daí ele começou a produzir o DR 4E em série e fez
algumas modificações. Em vez do disco com pó de diamante,
o taco, feito de tungstênio e fibra de carbono, recebeu uma
infusão de diamante industrial, o que proporcionou, em testes,
uma tacada de 320 jardas. Tanta tecnologia cobra um alto preço. Ele não tem a beleza de uma pedra lapidada, mas sua cifra é digna de uma jóia: US$ 2 mil.