08/06/2005 - 7:00
Nada como quebrar um lugar comum para chamar a atenção. Golfe, o esporte da moda entre os executivos, disputa-se em amplos gramados verdes, correto? Nem sempre. É possível levar as bolinhas aos buracos na neve branca. A Groenlândia é o palco dessa modalidade insólita. Ali ocorrem torneios internacionais no gelo que, desde 1997, ganham adeptos com velocidade. Não é preciso ser profissional, um outro requisito fundamental é ter sangue frio, como se fosse possível manter algo aquecido em clima tão gelado ? para encarar temperaturas que chegam a 25 graus abaixo de zero, apesar do sol que brilha intensamente durante os dias do mês de março, quando acontece a competição. O custo da inscrição para participar dos cinco dias do campeonato é de 2.200 euros, e a média de gasto com hospedagem é 150 euros por dia.
A cada temporada no frio, o desafio é diferente. A arquitetura do campo é modificada pelo derretimento das águas em maio, que congelam novamente em janeiro formando inéditos acidentes geográficos e percursos sempre cercados por icebergs. Sobre este ofuscante ?green? alvo, não circulam os tradicionais carrinhos de golfe nem qualquer outro veículo próprio para o chão de gelo. O campo deve ser percorrido a pé. O esforço de carregar os apetrechos para o jogo fica por conta de cada competidor. ?Para aliviar a carga recomendamos que os jogadores levem consigo apenas sete tacos, metade do que o máximo pertmitido pela regra dos campos de grama?, diz Preben Kaspersen, diretor do World Ice Golf. Os especialistas já desenvolveram dicas para o terreno especial. ?É melhor optar pelos tacos de aço, utilizados por bons amadores ou profissionais, que têm melhor performance na neve por serem mais resistentes e menos flexíveis, além de proporcionarem tacadas mais firmes?, diz Mário Althoff, golfista que pratica o esporte há mais de 20 anos. Outra peculiaridade é o tamanho dos buracos. Na Groenlândia, eles são maiores que nos campos de grama, devido à aspereza do gelo que interfere no deslizamento e no percurso das bolas. Em tempo: há uma outra diferença, e ele entrega um discreto charme às tacadas na neve. As bolinhas são vermelhas ou laranjas, de modo a não serem confundidas com a paisagem. Mas atenção: apesar de toda a beleza, quase inebriante, a viagem do golfe rumo ao frio o faz esporte radical como o alpinismo. Não é para qualquer um.
gelado, para encarar temperaturas que chegam a 25 graus abaixo de zero, apesar do sol que brilha intensamente durante as tardes do mês de março, quando acontece a competição. O custo da inscrição para participar dos cinco dias do campeonato é de e 2.200, e a média de gasto com hospedagem é e 150 euros por dia.
A cada temporada no frio, o desafio é diferente. A arquitetura do campo é modificada pelo derretimento das águas em maio, que congelam novamente em janeiro formando inéditos acidentes geográficos e percursos sempre cercados por icebergs. Sobre este ofuscante ?green? alvo, não circulam os tradicionais carrinhos de golfe nem qualquer outro veículo próprio para o chão de gelo. O campo deve ser percorrido a pé. O esforço de carregar os apetrechos para o jogo fica por conta de cada competidor. ?Para aliviar a carga recomendamos que os jogadores levem consigo apenas sete tacos, metade do que o máximo pertmitido pela regra dos campos de grama?, diz Preben Kaspersen, diretor do World Ice Golf.
Os especialistas já desenvolveram dicas para o terreno especial. ?É melhor optar pelos tacos de aço, utilizados por bons amadores ou profissionais, que têm melhor performance na neve por serem mais resistentes e menos flexíveis, além de proporcionarem tacadas mais firmes?, diz Mário Althoff, golfista que pratica o esporte há mais de 20 anos. Outra peculiaridade é o tamanho dos buracos. Na Groenlândia, eles são maiores que nos campos de grama, devido à aspereza do gelo que interfere no deslizamento e no percurso das bolas. Em tempo: há uma outra diferença, e ela entrega um discreto charme às tacadas na neve. As bolinhas são vermelhas ou laranjas, de modo a não serem confundidas com a paisagem, recurso utilizado também nas partidas de futebol em países de clima temperado. Mas atenção: apesar de toda a beleza, quase inebriante, a viagem do golfe rumo ao frio o transforma em esporte radical como o alpinismo. Não é para qualquer um. Funciona também para acrescentar adrenalina a uma atividade normalmente relacionada com calma e placidez.
Outros campos exóticos
? Kabul, Afeganistão ? Fica numa área que já foi alvo de bombardeios. A grama ainda não está totalmente recuparada
? Cape Town, África do Sul ? Em plena savana, ao lado de regiões de safáris que abrigam leões, elefantes e girafas.
? Texas, Estados Unidos ? No terreno do conhecido Lajitas Hotel, fica entre montanhas e canyons e tem ruínas que lembram o velho oeste.