Com o grande número de pessoas acessando o Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC) criminosos começaram a usar a oportunidade para criar golpes. Outro golpe que também está se popularizando envolve um suposto recall de cartões de crédito, que tem como intuito obter informações de cartões de terceiros e usar links maliciosos para acessar dados das vítimas.

Por conta do primeiro golpe, que ficou conhecido como “golpe do valor esquecido”, o Banco Central divulgou uma lista com cuidados fundamentais para que as pessoas evitem ser vítimas e não consigam receber o valor a que têm direito.

Confira as orientações do BC:

  • O único site onde você pode consultar e saber como solicitar a devolução dos seus valores, da sua empresa ou de pessoas falecidas é o https://www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber;
  • Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos. NÃO faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores;
  • O Banco Central NÃO envia links NEM entra em contato com você para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais;
  • Somente a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode te contatar e ela NUNCA vai pedir sua senha;
  • NÃO clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.

+ Cerca de 6,9 milhões resgatam R$ 228,1 milhões em valores esquecidos

A orientação de que a devolução de valores é feita apenas pelo site do Banco Central é importante, já que os criminosos estavam divulgando a possibilidade de resgate dessas quantias por meio do Pix e usando links maliciosos para ter acesso a dados pessoais dos clientes, além de pedir pagamentos de taxas por Pix para ter acesso a maiores quantias.

No segundo caso, dos cartões de crédito, os criminosos chegavam a dizer que quem tinha cartão de crédito há três anos ou que usaram o cartão de crédito no ano passado teriam valores a receber de volta, afirmando que o governo teria cobrado taxas além do que deveria. Para receber esses valores, os bandidos enviam links que pedem dados pessoais e bancários das vítimas.

Nesse caso, não existe qualquer detalhe que seja verdadeiro em toda a narrativa do golpe, já que as taxas relacionadas a cartões de crédito geralmente são cobradas por bancos e o governo federal não tem como cobrar diretamente pelo uso de cartões.