27/06/2022 - 23:37
É um tema polêmico e, como tal, as opiniões se dividem. Com cidadãos contra e outros a favor da reversão da decisão do do direito ao aborto nos Estados Unidos, a Google tomou uma posição e já informou os seus funcionários sobre a possibilidade de serem transferidos para os estados onde o direito ao aborto se mantém.
A diretora dos recursos humanos da Google endereçou-lhes uma carta para dar a novidade. Na sequência da decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América (EUA), tomada na última sexta-feira, a diretora dos recursos humanos da Google, Fiona Cicconi, enviou um e-mail aos funcionários, de modo a informá-los da posição e consequente decisão da empresa.
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Vale lembrar que a decisão do Supremo Tribunal não torna o aborto ilegal em todos os estados dos EUA. Ao invés disso, a decisão nas mãos de cada um dos governos estatais. Imediatamente após o anúncio da reversão da decisão do caso Roe vs. Wade, estados como o Missouri, Louisiana e Kentucky restringiram o direito ao aborto. Por sua vez, estados como a Califórnia, onde a Google tem a sua sede, prometeram proteger os direitos relacionados ao aborto.
A comunicação dirigida a todos os funcionários da Google espalhados pelos EUA reconhece que esta é “uma mudança profunda para o país” e destaca que aqueles podem “requerer a recolocação sem justificação” e que os responsáveis pelo processo de transferência estarão “cientes da situação”, aquando da avaliação dos pedidos.
No e-mail, a Google alerta que é preciso ter em mente o que cada funcionário pode estar a sentir e, por essa razão, devem tratar-se com respeito. Além disso, refere que a “equidade é extraordinariamente importante” para si como empresa e que partilha as preocupações sobre o impacto que esta decisão terá na saúde, vida e carreira das pessoas.
Continuaremos a trabalhar para tornar a informação sobre cuidados de saúde reprodutiva acessível em todos os nossos produtos e continuaremos o nosso trabalho para proteger a privacidade dos utilizadores.
Para apoiar a Googlers e os seus dependentes, o nosso plano de benefícios e seguro de saúde dos EUA cobre procedimentos médicos fora do estado que não estão disponíveis onde um funcionário vive e trabalha.
Os Googlers também podem solicitar a transferência sem justificação, e os que supervisionam este processo estarão a par da situação.
Escreveu a Google aos funcionários, acrescentando que está a organizar sessões de apoio nos próximos dias e, mais uma vez, apelando a que todos os funcionários cuidem de si e dos outros.