(Reuters) – O governo central registrou um déficit primário de 14,687 bilhões de reais em novembro, informou o Tesouro nesta quarta-feira, com recuo nas receitas federais por conta de uma menor arrecadação de dividendos.

O resultado, que reúne as contas de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, veio mais fraco do que no mesmo mês de 2021, quando houve superávit de 4,188 bilhões de reais.

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No acumulado de janeiro a novembro, as contas públicas permanecem superavitárias, em 49,297 bilhões de reais, contra um rombo de 48,897 bilhões de reais em igual período de 2021.

Em 12 meses, o superávit primário é de 66,5 bilhões de reais, equivalente a 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em novembro, as receitas do governo central, já descontadas as transferências obrigatórias a Estados e municípios, tiveram queda real de 9,4% sobre o mesmo mês de 2021, para 125,887 bilhões de reais.

No mês, as receitas foram puxadas para baixo por uma queda de 88,3% nos ganhos com dividendos e participações, recuo de 8,7 bilhões de reais. A coleta de IPI no período caiu 42,1% (-R$3,1 bilhões de reais).

Por outro lado, houve aumento de 21,3% na receita com Imposto de Renda (+9,3 bilhões de reais).

Já as despesas do governo cresceram 4,6% acima da inflação no mês passado, a 140,574 bilhões de reais, com alta nos gastos previdenciários e na liberação de créditos extraordinárias, apesar de um recuo nos desembolsos discricionários de ministérios.

 

(Por Bernardo Caram)

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