29/05/2025 - 15:07
As contas do Governo Central registraram superávit primário em abril. Neste mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 17,782 bilhões. O resultado sucedeu o superávit de R$ 1,096 bilhão em fevereiro.
O saldo em abril – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o melhor desempenho em termos reais para o mês desde 2022- a série histórica do Tesouro foi iniciada em 1997. Em abril de 2024, o resultado havia sido positivo em R$ 11,5 bilhões, em valores nominais.
O resultado do quarto mês do ano veio acima da mediana das estimativas das instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, que era de superávit de R$ 16,325 bilhões. O intervalo das estimativas variava de déficit de R$ 5,900 bilhões a superávit de R$ 18,816 bilhões.
No acumulado do ano até abril, o Governo Central registrou superávit de R$ 72,360 bilhões, o melhor resultado desde 2022. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 31,756 bilhões, em termos nominais.
Em abril, as receitas tiveram alta de 4,9% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado, houve alta real de 3,3%. Já as despesas avançaram 2,5% em abril, já descontada a inflação, em comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado destes quatro meses, a despesa total apresentou diminuição de 1,9%.
Em 12 meses até abril, o Governo Central apresenta déficit de R$ 5,3 bilhões, equivalente a 0,02% do PIB . Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos. No acumulado dos últimos 12 meses até abril, as despesas obrigatórias somaram 16,96% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram 1,53% em relação ao PIB no mesmo período.
Para 2025, o governo almeja um resultado primário neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 31 bilhões. O limite de despesas para 2025 é fixo em R$ 2,249 trilhões neste ano.