Após os anúncios sobre a instalação de grupos de trabalho sobre salário mínimo e regulamentação do trabalho em aplicativo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse acreditar que o governo conseguirá somar uma maioria para aprovar mudanças no País. O presidente afirmou ter certeza de que cumprirá “cada promessa de campanha” que fez.

A afirmação do presidente ocorreu nesta quarta-feira, 18, em evento no Palácio do Planalto para a instalação de um grupo de discussão da nova política do salário mínimo. O governo também criará grupos de regulamentação do trabalho dos aplicativos e de negociação coletiva.

“Vamos melhorar a vida do trabalhador e acabar com a fome”, declarou o presidente da República.

Ao criticar o orçamento que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro deixou para 2023, o chefe do Executivo agradeceu os parlamentares que aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. “Desde o começo da República não se gastou metade que o ‘genocida’ gastou na campanha eleitoral”, disse. “Não haverá outra razão senão a gente melhorar a vida do povo trabalhador, acabar com a fome.”

Lula reconheceu que seu trabalho será difícil, mas que também parte da população achava “impossível” que ele voltaria para a presidência da República. Segundo o presidente, quando um político rouba, “submerge, se esconde. Em vez de me esconder, fui para cima dos meus acusadores, que estavam mentindo”, comentou. “Quando tentaram me convencer a voltar para casa com tornozeleira, neguei.”

Na esteira das críticas a Bolsonaro, Lula o responsabilizou em parte pelos atos antidemocráticos que ocorreram em 8 de janeiro, em Brasília. Ao classificar o acontecimento como “tentativa de golpe com gente preparada”, ele disse não saber se o ex-presidente “mandou”, mas destacou que Bolsonaro tem culpa porque “instigou o ódio” durante os últimos quatro anos.

“Não adianta falar em democracia se o povo não tem comida”, disse Lula, reiterando sua promessa de campanha de acabar com a fome.