SÃO PAULO (Reuters) – A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicou nesta sexta-feira resolução estabelecendo em 5,60% o reajuste máximo para os preços de medicamentos pelas empresas produtoras em 2023.

De acordo com o texto em edição extra do Diário Oficial da União, as empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos já a partir desta sexta-feira.

Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirmou que o percentual repõe a inflação do período, mas que, na série histórica, o reajuste acumulado de preços está abaixo do IPCA.

De 2013 a 2023, de acordo com a entidade, o IPCA subiu 98,4%, ante uma variação de preços dos medicamentos de 65,4%.

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O Sindusfarma ressaltou que as empresas do setor, no marco do atual modelo de controle de preços de medicamento, têm “notórias dificuldades para equilibrar suas contas”.

A entidade afirmou que 2022 foi um ano atípico para a indústria farmacêutica, que precisou enfrentar gargalos operacionais e financeiros, para lidar com a demanda imprevista e emergencial de produtos para as doenças respiratórias.

Também destacou que o setor sofreu com a elevação de preços dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs), cotados em dólar, e o expressivo aumento das tarifas de frete desses itens, dada a conhecida dependência do país de fornecedores da China e Índia.

(Por Paula Arend Laier)

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