03/11/2020 - 23:03
O governo holandês aprovou um plano de resgate de 3,4 bilhões de euros para a companhia aérea KLM, duramente atingida pela crise do coronavírus. A decisão veio nesta terça-feira (3), depois que os pilotos concordaram em reduzir seus salários por cinco anos.
O ministro das Finanças, Wopke Hoekstra, havia congelado no sábado a liberação desse auxílio na forma de créditos destinado à empresa holandesa do consórcio Air France-KLM, devido à recusa do sindicato dos pilotos em aceitar o corte salarial.
Mas a KLM anunciou que o sindicato finalmente cedeu e o governo declarou que está disposto a aprovar a concessão deste auxílio estatal de 3,4 bilhões de euros (3,9 bilhões de dólares).
Na semana passada, a KLM havia apresentado um plano de redução de gastos ao governo, que previa uma diminuição dos salários dos pilotos até março de 2022 e das equipes de voo e de solo até o início de 2023.
No entanto, Hoekstra rejeitou a proposta, insistindo que o corte de salários fosse aplicado ao longo de todo o plano de resgate de cinco anos do governo. Ele deu à direção e aos sindicatos da KLM até sábado para assinar este acordo.
A suspensão do plano colocou em risco o futuro da companhia aérea mais antiga do mundo, fortemente atingida pelo impacto da pandemia de covid-19.
O diretor executivo da KLM, Pieter Elbers, disse que “uma etapa importante foi superada com a assinatura deste compromisso por oito sindicatos”.
O plano de austeridade da companhia prevê uma redução de despesas de 15% e um corte de 5 mil empregos. Cerca de 3 mil pilotos serão particularmente afetados, com cortes de até 20% em seus salários, segundo a imprensa holandesa.
A Air France-KLM registrou prejuízo de 1,6 bilhão de euros no terceiro trimestre, em comparação com lucro de 363 milhões de euros no mesmo período de 2019.