O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta sexta-feira, 23, que o governo deve terminar 2023 com um déficit primário abaixo de R$ 100 bilhões, a depender dos efeitos fiscais de medidas já adotadas e outras variáveis que não são controladas pelo governo.

“Começamos o ano com previsão de déficit de R$ 230 bilhões. Com as medidas tomadas no começo do ano, sinalizamos que poderiam reduzir para R$ 100 bilhões, algo em torno de 1% do PIB, esse foi o compromisso”, disse em live promovida pela revista Exame. Ele citou que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a incidência de IRPJ e CSLL nas subvenções estaduais pode diminuir esse buraco.

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Ceron pontuou que há outras variáveis fora do controle do governo, mas que todos os indicadores econômicos estão melhorando. “A curva de juros está fechando, o câmbio está reduzindo, o real está se apreciando em relação ao dólar, o que tem impacto importante sobre a inflação, mas ele também afeta a receita, tem uma pontinha negativa de queda de arrecadação com imposto de importação e IPI”, disse.

Ele também frisou que a queda no preço de petróleo afeta arrecadação com royalties, mas é boa para a economia. “Tem casos que terão efeitos do ponto de vista fiscal, mas são bons para a economia”, disse.