O governo federal publicou nesta quarta-feira, 6, um decreto no Diário Oficial no qual estabelece a “nova cesta básica” no Brasil.

Segundo o texto, ela tem como finalidade “garantir o direito humano à alimentação adequada e saudável e promover a soberania e a segurança alimentar e nutricional”.

A medida determina que a cesta básica será composta por mais alimentos in natura ou minimamente processados, além de ingredientes culinários.

Em outro ponto, o decreto veda a inclusão de alimentos ultraprocessados que, conforme apontam evidências científicas, aumentam a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer, diz o governo.

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Veja os grupos abaixo da cesta básica: 

  • feijões (leguminosas);
  • cereais;
  • raízes e tubérculos;
  • legumes e verduras;
  • frutas;
  • castanhas e nozes (oleaginosas);
  • carnes e ovos;
  • leites e queijos;
  • açúcares, sal, óleos e gorduras;
  • café, chá, mate e especiarias.

A elaboração da proposta foi conduzida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que fará uma parceria com órgãos e entidades federais, que atuam na área de segurança alimentar e nutricional, para publicar guias de orientação sobre a composição da cesta básica em relação à quantidade e à combinação de alimentos.

Segundo a pasta, os critérios adotados para compor a nova cesta básica levaram em consideração os seguintes aspectos: “benefícios à saúde, sustentabilidade, respeito à sazonalidade, à cultura e às tradições locais, a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade, e a garantia da variedade de alimentos in natura e minimamente processados”.

O ministério também ressaltou que, segundo dados da Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), ao final de 2022, mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome e mais de 125 milhões não tinham acesso regular e permanente à alimentação adequada.