Após o bom desempenho do programa Desenrola, o Ministério da Fazenda estuda formas de estimular o crédito para os brasileiros. O plano é dar tração na economia com o consumo, prática comum em governos petistas. Com os juros futuros ainda altos e a Selic em patamares elevados, eles vão precisar de uma alternativa ao crédito consignado ligado ao FGTS. A substituição desse tipo de empréstimo faz parte do novo pacote, anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de medidas voltadas para o crédito. Na quinta-feira (27), após encontro com Lula, o ministro confirmou que sua equipe pensa em alternativas ao atual sistema de consignado.

A extinção do consignado no FGTS é defendida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para preservar os recursos do fundo. Assessores de Marinho disseram à DINHEIRO que a modalidade será encerrada nos próximos meses, o que exige ação rápida de Haddad. Uma das estratégias é usar o Tesouro como fiador. Outra seria usar a métrica de juros do BNDES, que envolve o uso da Taxa Referencial (TR) como balizadora. Outra mudança estudada pela Fazenda envolve o fim do saque-aniversário no FGTS. As duas medidas precisam de um aval da curadoria da Caixa Econômica Federal e a expectativa de Haddad é apresentar soluções até o final de setembro para as mudanças começarem em 2024.