13/09/2018 - 13:33
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, fez um esforço em se desvincular do governo de Michel Temer (MDB), em entrevista ao jornal O Globo, na manhã desta quinta-feira, 13. Ele disse ter sido contra o partido ingressar no governo, a que se referiu como “um grande problema porque não tem voto”. “O PSDB não tem nada a ver com esse governo, totalmente distanciado do povo. Partido moderno dialoga com o povo, presta conta”, afirmou, acrescentando que o “PT que escolheu o Temer”.
Alckmin disse ainda que há “vários tons do PT” entre os seus adversários, numa referência à expressão utilizada por Guilherme Boulos (PSOL), que costuma dizer nos debates que “há vários tons de Temer” entre os candidatos. “Você tem vários tons do PT e dos adoradores de Lula, como Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Boulos e até Henrique Meirelles (MDB) como presidente do Banco Central, no governo PT”, disse o ex-governador de São Paulo. O candidato afirmou também que “a prioridade do PT não é o partido, é o Lula”.
O candidato disse também que as eleições 2018 são “atípicas” e que “ninguém está garantido no segundo turno”. “Não sou melhor do que ninguém, as propostas não são iguais. Mas também eu tenho um diferencial, nós fizemos”, afirmou.
Ao ser questionado se não achava que nem Jair Bolsonaro (PSL) já estaria garantido no segundo turno, ele disse ser contra candidatos populistas, seja de esquerda ou direita. “Isso de aventureiros tem consequências lá na frente. Não leva a lugar nenhum”, afirmou.
Questionado sobre ativismo político de militares, tendo como exemplos a prisão de um comandante do Exército após criticar a reforma previdenciária no Uruguai e a declaração do general Eduardo Villas Bôas ao jornal O Estado de S. Paulo de que a “legitimidade de novo governo pode até ser questionada”, Alckmin defendeu o comandante do Exército brasileiro.
“O Villas Bôas é um democrata”, afirmou o presidenciável tucano em sabatina de O Globo. No debate Estadão/Gazeta/Jovem Pan/Twitter, no domingo, 9, no entanto, Alckmin rebateu a fala de Villas Bôas. “Quem for eleito vai ter grande legitimidade”, disse o tucano.