06/12/2017 - 19:33
Que Marcelo Maisonnave, fundador e ex-sócio da XP Investimentos, tem investido seu dinheiro em fintechs, não é novidade. Mas uma de suas eleitas está alçando voos cada vez mais altos em um curto espaço de tempo. Trata-se da Monkey, união das palavras money (dinheiro) e key (chave), companhia criada há um ano pelo profissional do mercado financeiro Gustavo Müller. O negócio dela é proporcionar a pequenos e médios fornecedores de grandes multinacionais as mesmas condições de financiamento que as gigantes têm. Ou seja, taxas de juros muito mais baixas. “Hoje, duas multinacionais trabalham conosco movimentando R$ 100 milhões por mês na plataforma”, diz Müller. “Mas a nossa previsão é chegar a R$ 1 bilhão por mês até o fim de 2018.” E a expansão para a Argentina e o Chile já tem data marcada: primeiro trimestre do ano que vem.
Novos investidores
O modelo de negócios é baseado na compra de recebíveis. Fundos de investimentos e bancos compram o que os fornecedores de uma determinada empresa têm a receber e antecipam o pagamento a eles. O risco de a empresa grande não pagar é baixo e isso reduz as taxas praticadas com os pequenos em até 50%. O negócio, que também tem a Telefônica como investidora, está próximo de receber uma segunda rodada de investimentos. “Novos investidores entrarão para nos trazer outras visões de mercado”, diz Müller. “Até o fim de 2018, dez grandes empresas estarão usando a plataforma. A vantagem é fortalecer a cadeia e fazer com que o fornecedor deixe de se preocupar como vai se financiar.”