RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – A greve de pilotos e comissários nos principais aeroportos do país causou mais atrasos e cancelamentos de voos na manhã desta terça-feira, segundo dia do protesto da categoria por melhores salários e condições de trabalho.

A greve começou a partir das 6h desta terça-feira e foi até 8h, do mesmo modo que ocorreu na véspera, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza.

No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foram registrados 18 atrasos e dois cancelamentos, segundo a Infraero. A GRU Airport, concessionária do aeroporto de Guarulhos, o maior do país, não respondeu a pedidos de comentários.

No Rio de Janeiro, o Santos Dumont, sofreu 11 atrasos e cinco cancelamentos, de acordo com a Infraero, enquanto o aeroporto Tom Jobim (Galeão) não relatou atrasos ou cancelamentos, disse a concessionária RIOgaleão.

“Esse movimento é por tempo indeterminado até que as empresas aéreas apresentem uma proposta que seja minimamente aceitável pela categoria”, disse à Reuters Carlos Eduardo Monteiro, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

A categoria cobra, entre outras reivindicações, reposição da inflação pelo INPC e aumento real de 5%. As negociações começaram em setembro, mas as empresas aéreas não aceitaram até o momento o aumento real pedido pelos trabalhadores.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias disse que acompanha a paralisação e que as companhias aéreas trabalham para minimizar impactos aos clientes.

Entre outras praças, a concessionária Inframerica registrou 15 atrasos em voos no aeroporto de Brasília, mas sem cancelamentos.

(Por Rodrigo Viga Gaier, Beatriz Garcia e André Romani)

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