O aplicativo de relacionamento voltado ao público gay Grindr vendeu a localização de seus usuários por meio de uma empresa de publicidade digital desde 2017.  

As informações foram repassadas por um ex-funcionário da empresa para o Wall Street Jorunal. Os dados eram comercializados com uma empresa de publicidade online para fazer anúncios mais específicos para os usuários do aplicativo devido a sua localização. 

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Ao jornal, o Grindr disse que em 2020 mudou a sua política de compartilhamento de informações pessoais e que compartilha menos informações com parceiros de anúncios do que qualquer uma das grandes plataformas de tecnologia e a maioria dos concorrentes. 

Padre renunciou após ser flagrado usando o aplicativo

Ano passado, Jefrey Burril renunciou ao seu cargo de administrador da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos após ter tido as suas informações do Grindr vazadas por meio de redes de anúncios de publicidade. 

Na época, o site de notícias católico The Pillar disse que sinais de seu celular davam conta de que ele acessou o aplicativo em seu escritório na conferência e na sua casa. O próprio veículo afirmou que conseguiu esses dados em “registros comercialmente disponíveis”. 

Empresa diz que a matéria é sensacionalista

No blog da empresa, o vice-presidente de comunicações do Grindr Patrick Lenihan chamou a matéria de sensacionalista e acusou o Wall Street Journal de usar táticas de pânico em uma estratégia por cliques. 

A empresa também reforçou que não compartilha a localização exata dos usuários, informações de perfil nem idade ou sexo.  

“As questões que ameaçam a comunidade LGBTQ+ são reais, como homofobia, preconceito, vigilância e violência patrocinadas pelo Estado, entre outras. Proteger a privacidade e proteger a comunidade LGBTQ+ é e deve ser um esforço contínuo para todos nós. O Grindr literalmente coloca seu dinheiro onde sua boca está nesta questão, eu gostaria que o WSJ fizesse o mesmo”, disse o vice-presidente de comunicações do Grindr, Patrick Lenihan.