Os pés que calçam os sapatos Bibi são pequenos, mas os resultados que eles proporcionam não são. A empresa reportou o melhor ano de sua história em 2022, com faturamento de R$ 201 milhões e 14 lojas inauguradas. O bom resultado é um alívio e representa o momento de retomada do setor calçadista, negativamente impactado pela pandemia de Covid-19.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em 2022 a expectativa é que o setor produza 828,1 milhões de pares, 2,7% a mais que em 2021, mas ainda 14,7% abaixo que em 2019. Deixando a pandemia para trás, o Grupo Bibi pretende continuar o bom desempenho em 2023. Para crescer 16% no faturamento este ano, o plano está na expansão das lojas físicas no Brasil e no mundo, com 26 aberturas.

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A operação global não é novidade para a empresa, que desde os anos 1990 exporta os produtos da marca Bibi para a América Latina, mas a regra é intensificar. Com uma operação internacional ainda focada em licenciamento e multimarcas, a estratégia envolve levar o modelo de franquia adotado por aqui, também para fora. Atualmente a empresa está presente em mais de 60 países em todos os continentes, mas só possui 18 lojas físicas, em locais como, Equador, Peru, Guatemala e Chile.

Até 2030 o plano prevê chegar a 100 lojas, com as 10 primeiras sendo abertas este ano. “A experiência do varejo físico amplia o conhecimento da marca”, disse Andrea Kohlrausch, presidente do Grupo Bibi. “É um projeto que apoia o fortalecimento da marca e há uma proximidade muito maior com o consumidor”. O mercado externo representa em torno de 20% do faturamento da empresa, que em 2023, prevê um incremento de 17,5% no faturamento em dólar.

Além do fortalecimento externo, a Bibi segue abrindo lojas no Brasil. Com atuais 150 unidades (além das 3 mil multimarcas), mais 16 estão previstas em shoppings pelo país. Para aumentar as vendas e lucratividade das lojas, a estratégia está no programa de fidelidade. O giftback da Bibi retorna 15% do valor gasto em loja como desconto para compra futura. Com o artifício, a expectativa é estimular o regresso do público e aumentar o fluxo nas unidades, tendo um incremento entre 10% e 15% nas vendas. “Vamos buscar fazer o melhor ano da história em 2023”, disse Andrea.