O grupo francês de supermercados Casino e seu ex-diretor executivo, Jean-Charles Naouri, serão julgados em Paris nesta quarta-feira por acusações de manipulação de preços e corrupção.

Os promotores alegam que Naouri pagou a uma editora entre 2018 e 2019 para divulgar informações que defendessem o grupo em uma tentativa de impulsionar o preço das ações, que havia caído em 2018 devido a preocupações com sua dívida.

Os promotores também alegam que Naouri tentou espalhar especulações entre a mídia de negócios de que o varejista rival Carrefour estava considerando uma aquisição hostil.

Naouri negou as acusações.

+ BRAZIL JOURNAL: Assaí processa Casino e GPA para se blindar de dívidas tributárias antigas
+ Assaí pede que Justiça bloqueie ações do GPA pertencentes ao Casino

O logotipo do varejista francês Casino é fotografado do lado de fora de um supermercado Casino em Sainte-Hermine, França, em 4 de dezembro de 2023
O logotipo do varejista francês Casino é fotografado do lado de fora de um supermercado em Sainte-Hermine, França, em 4 de dezembro de 2023 – Foto: REUTERS/Stephane Mahe (Crédito:REUTERS/Stephane Mahe)

Casino em processo de reestruturação

O grupo, empresa proprietária dos supermercados Casino e Monoprix, que Naouri dirigiu durante décadas, também foi acusado de corrupção ativa e manipulação de preços.

Além de Naouri, três outros ex-executivos da empresa e o editor Nicolas Miguet estão sendo julgados.

Naouri deixou a empresa no ano passado, quando ela ficou sob o controle de um consórcio liderado pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky. A empresa iniciou uma reestruturação drástica.

O grupo, que também é proprietário das lojas Franprix e Naturalia, disse que havia vendido 366 lojas em 2024 e que planejava cortar 3.200 empregos.

Um porta-voz do Carrefour disse à Reuters que ninguém representando o grupo participaria do julgamento e se recusou a comentar.