LIMA (Reuters) – Um grupo indígena peruano libertará cerca de 150 turistas que manteve detidos por mais de um dia em um protesto contra a suposta inação do governo em relação a derramamentos de petróleo em um rio, disseram autoridades locais nesta sexta-feira.

O grupo indígena, do distrito de Urarinas, na província de Loreto, na Amazônia peruana, prendeu os turistas –entre eles cidadãos norte-americanos e europeus– para aumentar a conscientização sobre o derramamento de petróleo, segundo a mídia local.

“Após o diálogo com o (chefe) das comunidades Cuninico, nosso pedido de libertação das pessoas foi aceito”, disse a Ouvidoria do Peru no Twitter, acrescentando que a libertação ocorrerá “em breve”.

O chefe do grupo indígena, Watson Trujillo, confirmou o acordo ao grupo de mídia local RPP.

“O direito e o respeito à vida devem prevalecer. Nesse sentido, vamos fornecer os recursos para que as pessoas… possam se deslocar para seus destinos. Isso será antes do meio-dia”, disse Trujillo.

Nenhum dos turistas foi fisicamente ferido, de acordo com a RPP.

Uma das turistas, Angela Ramirez, do Peru, disse à RPP que o grupo havia sido inicialmente informado de que ficaria detido por seis a oito dias se não houvesse uma resolução, acrescentando que eles foram alimentados várias vezes.

Entre os que foram levados enquanto viajavam em barcos fluviais estava uma criança de um mês, pessoas com deficiência e mulheres grávidas, disse ela.

Relatos da imprensa citaram que o número de pessoas detidas seria de entre 70 e 300, incluindo entre 17 e 23 estrangeiros.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse em comunicado que estava em contato com as autoridades locais sobre um “número muito pequeno de cidadãos britânicos envolvidos em um incidente no Peru”.

(Reportagem de Marco Aquino e Isabel Woodford)