28/07/2016 - 10:44
Os resultados do Grupo Pão de Açúcar (GPA) foram impactados neste segundo trimestre de 2016 por despesas não recorrentes de R$ 481 milhões em função principalmente de provisões relacionadas ao pagamento de impostos e das investigações de fraude na empresa de comércio eletrônico Cnova. Com isso, o total registrado pela empresa na linha de outras despesas operacionais aumentou 467% em relação a igual trimestre do ano passado.
A maior parte desse montante está relacionada, segundo a empresa, a um complemento de provisão de contingências fiscais como PIS e COFINS, imposto de renda e ICMS, após trabalho de revisão dos consultores jurídicos, cujo montante somou R$ 184 milhões. Além disso, o grupo reportou gastos com a investigação da Cnova de R$ 127 milhões no trimestre.
Esses efeitos fizeram com que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado do grupo caísse 59,2% na comparação anual, ficando em R$ 279 milhões no segundo trimestre. Ajustado a esses impactos, o Ebitda teria caído 1% na comparação anual, para R$ 760 milhões.
Varejo alimentar
Na divisão de varejo de alimentos, os resultados foram afetados ainda por aumento de despesas com vendas, gerais e administrativas em razão de inadimplência e contingências trabalhistas. Em sua divulgação de resultados do segundo trimestre de 2016, a companhia reportou que essas despesas cresceram 7,9% na comparação com igual período do ano anterior na divisão que comanda as bandeiras Extra e Pão de Açúcar.
O total de despesas da divisão, chamada de Multivarejo, atingiu R$ 1,513 bilhão entre abril e maio. De acordo com a companhia, houve um impacto negativo de R$ 53 milhões em função de maior provisionamento para contingências trabalhistas.
Outros R$ 20 milhões foram provocados por maiores índices de inadimplência dos aluguéis recebidos pela companhia quando as galerias dos supermercados são alugadas para outros comerciantes. Outro impacto de R$ 10 milhões foi justificado pela abertura de 41 lojas nos últimos doze meses.