Grupos pró-Rússia orquestram campanhas de desinformação nas redes sociais, usando perfis falsos ou contas hackeadas para retratar a Ucrânia como um peão fraco do Ocidente, afirmou a Meta no domingo (27).

A equipe de segurança cibernética da gigante de tecnologia, empresa matriz do Facebook e Instagram, disse ter bloqueado contas falsas ligadas à Rússia, que faziam parte de um plano para minar a Ucrânia nas redes sociais.

“Eram administradas por sites que se apresentavam como entidades de notícias independentes e criavam personagens falsos em plataformas das redes sociais, incluindo Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Telegram e também o Russian Odnoklassniki e VK”, disse a Meta em seu blog.

+ Invasão da Ucrânia: breve receituário (e quatro dicas) de como não ser enganado pela cobertura da mídia

Em alguns casos, “usaram imagens para os perfis que provavelmente, acreditamos, foram criados utilizando técnicas de inteligência artificial”.

A pequena rede de contas do Facebook e Instagram tinha como alvo pessoas na Ucrânia, usando publicações para tentar levá-las a visitar sites que apresentavam notícias falsas sobre os esforços do país para se defender da invasão russa.

Meta disse que conectou a rede com pessoas na Rússia e na Ucrânia, bem como com as organizações de mídia NewsFront e SouthFront, na Crimeia.

Os Estados Unidos identificaram o NewsFront e o SouthFront como veículos de desinformação que recebem ordens dos serviços de inteligência russos.

Essas organizações figuravam entre as mais de uma dezena de entidades sancionadas pelos Estados Unidos por tentar influenciar sua eleição presidencial de 2020 “sob a direção da liderança do governo russo”.

A Meta encerrou as contas falsas e bloqueou o compartilhamento de endereços de internet envolvidos no golpe, disse o diretor de interrupção de ameaças, David Agranovich, em em um briefing.