07/03/2022 - 11:48
Representantes de Kiev e Moscou encontram-se nesta segunda-feira (7), desde às 11h (de Brasília), para a terceira rodada de negociações. A reunião foi confirmada por um dos negociadores ucranianos em mensagem escrita em rede social.
A Rússia diz que começou um cessar-fogo nesta manhã para abrir corredores humanitários à fuga de civis em Kiev, Khariv, Mariupol e Sumy. Porém, a Ucrânia rejeitou a proposta de que sua população civil só poderia deixar o país se seguissem para Belarus ou à própria Rússia.
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Segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereschuk, a proposta seria “inaceitável”.
O conflito entra no 12º dia de duração e fez 1,7 milhão de pessoas deixarem a Ucrânia, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda (7).
Nas negociações, a Rússia exige o fim da resistência ucraniana, o reconhecimento da Crimeia como território russo e a independência de Donetsk e Luhansk, além de não ingressar na Otan. A proposta de cessar-fogo foi sugerida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, em diálogo com Putin neste domingo (6).
Troca de acusações e peso das sanções econômicas
Enquanto autoridades ucranianas dizem que não houve licença à criação do corredor humanitário, o Kremlin afirma que a Ucrânia impede a retirada de civis das áreas de conflito.
Um cessar-fogo havia sido negociado na última quinta (3), mas teria sido descumprido no final de semana, com um lado culpando o outro pelo fracasso do acordo temporário.
Embora Putin pareça inflexível, Moscou começa a sentir os efeitos das sanções econômicas ocidentais, como a retirada do país do Swift, sistema bancário internacional. Especialistas estimam que a guerra na Ucrânia custe 15 bilhões de libras por dia ao governo russo: aproximadamente R$ 103 bilhões.
O aperto ao cerco à elite econômica russa que apoia Putin também começa a gerar desgaste em Moscou. No entanto, como força militar russa é muito superior à ucraniana, as negociações tornam-se imprevisíveis.
