O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 17, que há uma diferença grande entre o que o mercado acha que é possível fazer no fiscal e o que o governo tem prometido. “O Brasil é sempre uma história fiscal. Tem uma conversa muito grande em torno de se manter ou não a meta de primário. A nossa posição é de que é importante manter a meta. O mercado acredita que haverá dificuldade para atingir a meta, mas é importante insistir”, afirmou, durante participação no evento “E Agora, Brasil?”, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

Campos Neto lembrou que o novo arcabouço fiscal tem previsões do que acontece quando não se cumpre a meta.

Ele repetiu que, mesmo com a nova regra fiscal, o Brasil ainda terá um gasto acima da média do mundo emergente.

“Tenho me juntado ao coro do Ministério da Fazenda de que é importante insistir na manutenção da meta e buscar as receitas. O volume de recursos necessários é bastante grande, e será necessário buscar receitas também em 2025 e 2026”, completou Campos Neto.