O presidente Michel Temer voltou a usar o desempenho na economia como base para a defesa de seu governo. Para uma plateia de investidores que participaram do Forum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo, Temer disse trazer uma mensagem de “otimismo” e reiterou a promessa de um crescimento entre 2% a 2,5% do PIB neste ano.

Ele fez um paralelo com o discurso realizado por ele próprio no mesmo evento, no ano passado. Lembrou que o governo registrava um PIB negativo de 3,6% quando assumiu. E afirmou que os juros altos e inflação inibiam investimentos e consumo, enquanto o descontrole das contas públicas representava um “peso nos ombros” para os brasileiros.

“Estamos com dificuldades naturais de um processo de crescimento sustentável e de retomada dos empregos. Atingimos isso que era nosso objetivo número um. Recolocar o Brasil nos trilhos”, afirmou o presidente.

Sem deixar de fazer um aceno ao setor privado – que, segundo ele, tem “papel central no desenvolvimento” – Temer disse que seu governo possui um projeto pelo “o bem comum” acima de “interesses setoriais”. E acrescentou a prioridade da administração foi atacar a questão fiscal. “Quando chegamos ao governo, o descontrole das contas publicas era um fardo cada vez maior no ombro dos brasileiros”, disse. “Juros elevados inibiam crescimento, consumo, geração de empregos,a inflação alta pesava no bolso do trabalhador. Nós revertemos esse quadro.”

Eleição

Ao falar sobre a eleição presidencial, Temer afirmou que a população tem ciência de que a responsabilidade é que vai trazer equilíbrio para as contas públicas. Portanto, disse, não haverá margem para populismo e para “escamotear assuntos incômodos”. E acrescentou que ninguém conseguirá chegar ao ano que vem se realizar a reforma da Previdência.

Acordos comerciais

O presidente aproveitou para destacar a negociação de acordos comerciais com outros países. Disse que o Mercosul está próximo de um acerto com a União Europeia e que há também tratados em discussão com Canadá, Cingapura e países europeus.