O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 26, que a equipe econômica tem até o fim da semana para decidir como compensar o que deixará de ser arrecadado pelo recuo no decreto sobre a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“A gente tem até o fim da semana para decidir como vai compensar. Se com mais contingenciamento ou com alguma substituição. Até o final da semana nós vamos tomar essa decisão”, declarou Fernando Haddad a jornalistas, após a abertura do evento Nova Indústria Brasil, em comemoração ao Dia da Indústria, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Questionado sobre o aumento do custo do crédito para empresas por conta do IOF, Haddad lembrou que as alíquotas do imposto eram mais elevadas no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Se vocês fizerem um dever de casa e pegar as alíquotas do IOF do governo anterior, vocês vão ver que eram bem maiores”, declarou o ministro a jornalistas. “Quando aumenta a Selic, aumenta o custo do crédito, e nem por isso os empresários deixam de compreender a necessidade da medida.”

Questionado se já havia um cenário para que o Banco Central pudesse aliviar a política monetária, Haddad respondeu que trabalha para resolver fiscal e monetário “o quanto antes”. “O que nós queremos é resolver isso o quanto antes, o fiscal e o monetário, para voltar a patamares adequados tanto de tributação quanto de taxa de juros, para o País continuar crescendo”, reforçou.

Haddad garantiu que o governo vai seguir a regra fiscal mesmo em ano eleitoral.

“Nós temos um marco fiscal, que está sendo reforçado pelas medidas. Nós temos até 2,5% de aumento real do gasto público de teto. É daí para menos. Nós vamos seguir a regra fiscal conforme combinado com o Congresso Nacional”, concluiu.