14/08/2018 - 18:37
O candidato a vice na chapa do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse que o Judiciário não deve estar sujeito a pressões ao decidir se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba (PR), poderá participar das eleições.
Ele foi questionado sobre pressões que a nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofrerá no cargo, e rebateu: “Quem está pressionando? Os adversários do presidente Lula? Rosa Weber tem de julgar de acordo com a lei, não de acordo com os telefonemas que ela for receber”, afirmou.
Após representar Lula em evento com presidenciáveis promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), Haddad disse que o PT tem sido “impecável” na estratégia de manter e defender a candidatura de Lula.
Ele afirmou que o Brasil vive uma situação de excepcionalidade e defendeu que Lula participe de debates. Mais cedo, o candidato Ciro Gomes (PDT) criticou a participação de Haddad no lugar do ex-presidente.
“Nossa reivindicação é que o Lula participe e tenho certeza que o Ciro concorda com isso. Se a justiça negar, que as emissoras convidem um representante. Não há nenhuma proibição nisso”, afirmou. “O que nós defendemos é que o presidente Lula participe da corrida eleitoral e o povo é que vai julgar”, completou, reforçando que Lula gostaria de estar presente no evento.
Reajuste
O candidato disse ainda que a bancada petista está orientada a votar contra “qualquer reajuste da elite do funcionalismo público”. Ele criticou o aumento para o Judiciário, mas não respondeu se vetaria a lei caso ela seja aprovada durante sua gestão.
Haddad disse ainda que o recado do ex-presidente Lula é para que o país volte a pensar grande em termos de política externa. “Tínhamos uma política externa que abria mercados na África, Oriente Médio e América Latina. Não teremos inserção soberana do país com esse Itamaraty que ninguém sabe a que veio”, afirmou.