08/12/2022 - 11:47
Favorito para assumir o Ministério da Fazenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) defendeu na manhã desta quinta-feira, 8, o conceito de neutralidade fiscal. “O que a gente procurou passar na transição é conceito de neutralidade fiscal. Ou seja, a despesa em proporção ao PIB de 2023 não pode ser menor que a despesa em proporção ao PIB de 2022, para que não chegue em dezembro do ano que vem com problemas de dezembro deste ano”, afirmou o ex-ministro da Educação após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, encontro antecipado pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Haddad afirmou que a reunião com Guedes tratou de um “plano geral de voo”. “Falamos sobre muitos assuntos importantes”, disse o ex-prefeito.
Frente à expectativa de ser confirmado na Fazenda, Haddad voltou a defender a reforma tributária e a construção de um novo arcabouço fiscal no País, mas sem detalhar a melhor fórmula para a âncora.
O ex-prefeito paulistano ainda afirmou que o maior mérito da aprovação da PEC da transição na quarta-feira no Senado é ter uma solução política para os impasses no Orçamento, que serão tratados na semana que vem entre ele e os secretários do Ministério da Economia para evitar descontinuidade de programas sociais.
De acordo com Haddad, o PT está em diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com lideranças da Casa para garantir aprovação da PEC por lá também. “Queremos recuperar uma visão mais institucional do processo político, diminuir tensão entre poderes”, afirmou. “Estamos dialogando com o Congresso, que é parte da solução.”