O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 8, que as agências de classificação de risco têm percebido que há cada vez mais harmonia entre os três Poderes no País. Segundo Haddad, esse movimento é “fundamental” para que seja construída uma agenda de Estado, e não de cada governo.

Na avaliação do ministro, esse esforço de harmonia têm sido construído e uma prova disso é que, para ele, independentemente de quem seja o vencedor da eleição de 2026, essa agenda institucional deverá prosseguir. As declarações foram feitas durante participação de Haddad no 11º Brazil Investment Forum, evento anual do Bradesco BBI, em São Paulo.

Durante sua fala, Haddad mencionou novamente que alguns problemas que o Brasil precisa enfrentar hoje, como a questão fiscal, decorrem de alguns acontecimentos específicos, como a chamada “tese do século” que decidiu pela exclusão do pagamento de ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.

O ministro também mencionou que o pagamento de precatórios da União virou algo também explosivo para as contas públicas. “A conta começou a chegar sem ninguém entender o que estava acontecendo”, frisou o ministro, acrescentando que o governo tem se esforçado para trabalhar a questão. “Nós tínhamos quase R$ 3 trilhões de riscos de natureza judicial no anexo da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Vamos reduzir à metade disso com as vitórias que nós tivemos nos tribunais”, disse Haddad.