11/04/2025 - 17:16
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 11, que medidas anunciadas pelo governo, como o novo crédito consignado privado, não vão atrapalhar o combate à inflação. O Banco Central tem repetido que uma desaceleração da economia é necessária para fazer o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) convergir ao centro da meta, de 3%.
“Tanto do ponto de vista fiscal quanto do ponto de vista monetário, se tomaram medidas no sentido de conter a inflação, já prevendo esse repique”, ele disse, em uma entrevista à BandNews FM e à BandNews TV. “Então, preventivamente, já antes de acontecer, nós já tomamos medidas para, se acontecesse, a inflação ser controlada num horizonte razoável.”
Haddad afirmou que a supersafra brasileira e a queda dos preços de commodities devem colaborar para diminuir a inflação. A turbulência externa, que tornou o cenário mais incerto, começou antes da eleição do presidente norte-americano, Donald Trump, que anunciou uma série de tarifas sobre a importação de produtos.
“Nós estamos vivendo isso, mas nós estamos tomando as medidas necessárias para reverter essa situação”, afirmou Haddad.
O ministro acrescentou, ainda, que o novo consignado privado não poderia esperar, já que visa reduzir os juros do crédito pessoal, saindo de mais de 5% ao mês para menos de 3% ao mês – esta última taxa, no caso dos bancos públicos, elogiados por Haddad.
“Você está trocando uma dívida muito cara por uma dívida bem menos cara”, disse ele. “O ideal é a gente atingir patamares de taxa de juros do mundo civilizado, mas para isso muitas reformas precisam ser feitas, como essa do crédito consignado, como foi o caso do marco de garantias.”