06/10/2018 - 19:18
Às vésperas da eleição Presidencial, as redes sociais são inundadas com fake news sobre a desistência das candidaturas de João Amoêdo (Novo) e Fernando Haddad (PT).
No caso de Amoêdo, a fake news sobre uma suposta renúncia nasceu a partir de um vídeo postado por Roberto Motta, um dos fundadores do partido Novo, e que hoje é candidato a deputado Federal no Rio de Janeiro pelo PSC.
Motta não faz menção à desistência de Amoêdo no vídeo – e o próprio candidato é citado apenas uma única vez. Ele afirma que foi um dos criadores do partido Novo e pede aos apoiadores que votem em Jair Bolsonaro para que a eleição termine no 1ª turno. “No País do Haddad não existirá partido Novo. Aliás, no País do Haddad só existirá o PT”, disse.
O vídeo foi compartilhado por apoiadores de Bolsonaro como se Motta falasse oficialmente pelo partido Novo. No texto do compartilhamento, frases como “Amoêdo Renuncia e apoia Bolsonaro”.
O candidato do partido Novo gravou áudio e postou vídeo em seu Facebook oficial rebatendo a fake news. Ele acusou os apoiadores de Bolsonaro agirem como petistas na reta final da campanha. “O autor do vídeo saiu do Novo em 2016 porque não passou no processo seletivo para ser candidato. E hoje é candidato por outro partido. Está usando o nome do Novo para se promover. Infelizmente os apoiadores do Bolsonaro, com as mesmas táticas que tanto condenamos nos petistas, fazem a divulgação dessas notícias falsas mais uma vez”.
PT. Também circula por aplicativos de trocas de mensagens e redes sociais, uma suposta desistência do candidato Fernando Haddad (PT). No vídeo, Haddad aparece dizendo “aí, moçada, a eleição acabou”.
O texto que acompanha o vídeo diz que “Haddad jogou a toalha”, mas que continua pedindo dinheiro para pagar quem participou de sua campanha.
O vídeo é verdadeiro, mas foi gravado em 2016 – após as eleições para a Prefeitura de São Paulo. Naquela eleição, Fernando Haddad perdeu para o candidato João Doria (PSDB). De fato, no vídeo, Haddad pediu para que as pessoas colaborassem para que as dívidas daquela campanha, de 2016, fossem quitadas.