O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou entender a ‘inquietação do mercado’ por conta do risco fiscal e prometeu um ajuste fiscal no arcabouço.

+Haddad: mudança em estatais não tem a ver com arcabouço, mas sim em torná-las menos dependentes

Haddad deu entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, 30, na saída do Ministério da Fazenda, mas não revelou quais medidas fará cortar gastos.

“Até entendo a inquietação, mas é que tem gente especulando em torno de coisas. De repente, assim o jeito que eu falo, o jeito que eu.. Têm coisas absurdas assim que as pessoas falam no jornal, o Haddad dormiu, muito dormiu pouco. O meu trabalho é esse, tentar entregar a melhor redação possível para que haja a compreensão do Congresso da situação do mundo, e do Brasil”, disse.

O ministro ainda sinalizou que as medidas de ajuste fiscal podem ser apresentadas nas próximas semanas por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Haddad também pontuou que houve convergência com a Casa Civil em torno da elaboração de medidas para controle de despesas públicas, ressaltando que o plano passa por análise jurídica.

Ele afirmou que deve ser necessário aprovar uma emenda constitucional para efetivar medidas em análise.

Despesas tem que caber no arcabouço, diz Haddad

Haddad ainda declarou que as partes não devem se comprometer por conta da sustentabilidade da regra vigente, o arcabouço fiscal.

“É o que eu tenho dito há muito tempo já. A dinâmica das despesas obrigatórias têm caber dentro do arcabouço. Então, a ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem a sustentabilidade de médio e longo prazo”, disse.

“É hoje a dúvida que preside as incertezas no mercado. ‘O que que vai acontecer se as despesas obrigatórias continuarem crescendo nesse ritmo?’ É uma é uma fórmula que permite que esse encaixe aconteça”, completou Haddad.

‘O Brasil vai continuar crescendo’

O ministro disse que o Brasil tem tarefas a cumprir e que fará as reformas que forem necessárias para assegurar a estabilidade macroeconômica e o crescimento da economia a taxas expressivas e com justiça social. “O Brasil vai continuar crescendo. O Brasil não tem razão para não crescer. Temos tarefas a performar, a cumprir, como todo país tem”, afirmou em discurso, durante evento da Nova Indústria Brasil, em, Brasília.

“Mas nós estamos atentos aos desafios que estão colocados e temos segurança em dizer que nós vamos endereçar as reformas necessárias para manter a estabilidade macroeconômica do país e o Brasil continuar crescendo a taxas expressivas com justiça social”, garantiu.