O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 17, não saber em qual o patamar o dólar frente ao real vai estacionar em virtude de uma série de variáveis, inclusive externas. Afirmou, no entanto, que, pessoalmente, não compraria dólar com precificação acima de R$ 5,70 tendo em conta os fundamentos da economia brasileira.

“Se eu dissesse que hoje eu compraria dólar a R$ 6, não, eu não compraria acima de R$ 5,70. Na minha opinião, qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira, hoje eu não compraria”, afirmou Haddad, em entrevista à CNN Brasil, ponderando que não faria recomendação de compra e venda por não ter o papel de consultor.

E comentou: “Eu acompanho no dia a dia, as moedas no mundo, olhar para o fundamentos e arriscar palpite, mas não sei onde ele vai estacionar, em virtude de série de variáveis, parte das quais depende do doméstico e parte das quais não depende.”

Ele lembrou que, na quinta-feira, o dólar chegou a bater abaixo de R$ 6, mas voltou a dizer que não arriscaria apontar para o nível que ficará a precificação. “Ontem ele deu uma lambida, bateu em R$ 5,99. Eu não sei porque o câmbio não é fixo, e o patamar que se estabiliza depende de variáveis que não controlamos, como juros externos e condições geopolíticas”, respondeu.

Haddad comentou ainda que, depois de assumir como ministro da Fazenda em 2023, não esperava que a moeda norte-americana recuasse a faixa de R$ 4,70. “Eu não arriscaria dizer que ele chegaria tão baixo quanto ele chegou naquela ocasião”, disse.