12/03/2025 - 10:44
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cobrou nesta quarta-feira, 12, responsabilidade com os gastos públicos e disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa mais de apoio dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que externamente.
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“A agenda do ministro Haddad foi integralmente apoiada por nós (do Congresso). Eu estava na condição de líder e tive a oportunidade de estar ao lado de outros líderes no Ministério da Fazenda por diversas vezes para discutir as medidas que estavam chegando ao Congresso”, disse Motta em discurso durante o Brazil Summit, realizado pelo Lide e pelo jornal Correio Braziliense, em Brasília.
“Mas sempre colocando também a nossa preocupação e dizendo que o ministro precisaria muito mais, às vezes, de apoio interno do que apoio externo, porque a agenda dele era uma agenda aprovada, principalmente pelos partidos de centro”, acrescentou.
O presidente da Câmara também aproveitou sua fala para fazer uma cobrança pela responsabilidade com os gastos públicos, em meio às críticas constates sofridas pelo governo Lula.
“Nós precisamos cada vez mais nesse diálogo franco com o governo que não dá mais para afastar as decisões do governo da responsabilidade com relação às despesas e aos gastos públicos”, disse.
“Precisamos, sim, pontuar que não será possível promover uma política de evolução social com a inflação descontrolada, com a taxa de juros subindo a cada reunião do Copom, com o dólar batendo os níveis que infelizmente vem batendo, com cenário internacional desafiador depois da eleição do novo presidente americano, então isso obriga que o Brasil seja cada vez mais eficiente.”
Motta lamentou o atual patamar da taxa de juros, apontando que ela “nos amendronta”, assim como o preço do dólar ante o real e a inflação no país, ao mesmo tempo que indicou a política econômica do governo como um dos fatores responsáveis por este cenário.
“Isso é consequência, sim, dessa política que tem tido uma reação, digamos assim, ao que tem sido feito do ponto de vista da política econômica”, avaliou.
“Se não entrarmos em uma agenda de responsabilidade, teremos, talvez, um período de muita dificuldade com essas taxas descontrolados e o nosso povo, a nossa população sendo penalizada ao final.”
O presidente da Câmara também disse que o Legislativo precisa discutir sobre a eficiência da máquina pública, que, na visão dele, precisa “entregar resultados a quem mais precisa a um custo menor”.