O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 27, que quando o governo fizer um ajuste fiscal, a primeira pergunta a se fazer é quem vai pagar pelo ajuste. Segundo o ministro, “quando chamam o pessoal da cobertura para pagar o condomínio”, para contribuir com o ajuste fiscal, o ajuste deixa de ser interessante. Neste sentido, Haddad avalia que quem está na cobertura gostaria de um ajuste fiscal para o pobre da periferia pagar.

Ele também disse que a esquerda não é contra o ajuste fiscal, mas a questão é que “historicamente, ajuste fiscal é supressão de direitas no Brasil”.

Haddad reiterou que a desigualdade é a maior fraqueza do País, e por isso a sociedade precisa entender que “a desigualdade tem que ser corrigida junto com o ajuste – senão, a desigualdade vai ser maior depois”.

O ministro reafirmau que o governo irá olhar para quem “não comparece, e não comparece historicamente” em termos de impostos, pois não daria para “onerar ainda mais quem está pedindo socorro”.

As declarações foram feitas em auditório da própria Faculdade de Direito da USP, durante evento da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Arcadas).