O Ministro da Fazenda Fernando Haddad falou no começo da noite desta segunda-feira, 11, sobre o bloqueio da distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras. 

Ele reforçou que o Tesouro não precisa da distribuição dos valores, que estão estipulados em R$ 43,9 bilhões, para melhorar o superávit primário de 2024. 

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“Não depende disso. Se vierem a ser distribuídos, o Tesouro não vai reclamar, porque é acionista. Mas no nosso orçamento o que consta são os dividendos ordinários. Essa decisão do conselho de avaliar quando e o quanto distribuir é uma coisa absolutamente natural”, explicou.

A União, como principal acionista da estatal, é a principal interessada na distribuição dos lucros extraordinários. Esse valor ajudaria a Fazenda na promessa de melhorar as contas públicas aumentando a arrecadação e o déficit zero prometido para 2024. 

A Petrobras só distribuiu os lucros ordinários, no valor de R$ 14 bilhões.

Jean Paul Prates fica

A reunião aconteceu após a Petrobras perder R$ 55 bilhões em valor de mercado após o anúncio do balanço de 2023, na última quinta-feira, 7. 

Apesar das pressões, Jean Paul Prates foi mantido como presidente da Petrobras. O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira afirmou que a saída de Prates “não foi sequer cogitada na reunião”.