05/03/2003 - 7:00
O que os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro-ministro da Alemanha, Gehard Schröder, o presidente do México, Vicent Fox, e o presidente da França, Jacques Chirac, têm em comum? Com certeza não são os atributos físicos nem a economia de seus países. Quando o assunto é helicóptero eles conversam na ?mesma língua?. Estes chefes de Estado e outras dezenas espalhadas pelo mundo usam, em suas viagens curtas, o Super Puma, uma espécie de limusine dos ares fabricado pela companhia franco-alemã Eurocopter. ?Dependendo da configuração ele pode custar de US$ 13 milhões a US$ 16 milhões?, diz Vincent Kieffer, diretor comercial da Helibrás, empresa que representa a marca européia no País. Esta máquina pode ser encomendada em três versões: transporte militar, locomoção a plataformas de petróleo e, a mais luxuosa, vip para executivos.
Diferente dos helicópteros convencionais, espaço é o que
não falta e conforto tem de sobra. Por dentro ele é mais parecido com um avião, pois acomoda mais de 24 pessoas sentadas nas largas poltronas de couro. Os fabricantes pensaram em tudo quando desenvolveram a aeronave.
?Há uma sala principal com quatro poltronas, mesa e sistema de telefonia para o chefe de Estado ou o dono?, diz Kieffer. Enquanto trabalham tranqüilamente, os ministros, assessores e seguranças ficam sentados nos bancos traseiros. A decoração também é digna de seu preço. O banheiro, por exemplo, é confeccionado em mármore. As mesas são feitas em madeira de lei. As torneiras e maçanetas das portas e compartimentos, banhadas a ouro.
O Super Puma L2 tem uma autonomia de vôo de 3 horas, pesa mais de oito toneladas e mede 18,7 metros. Trata-se de um gigante se comparado ao famoso helicóptero Esquilo que é duas vezes menor. É justamente o seu tamanho e sua segurança que permitem transformá-lo em um dos mais luxuosos helicópteros do mundo. Para se ter uma idéia, pode-se assistir a um filme no sistema de vídeo ou apenas beber um drinque no bar da aeronave. Motivos de sobra para que ele seja o preferido dos estadistas.
