03/03/2010 - 8:35
A Hidrovia Teles-Pires/Tapajós, projeto para escoamento da produção agropecuária do Estado do Mato Grosso, ficará fora da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), segundo informou nesta manhã o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. “Essa não entrou, mas vamos reforçar (o Rio) Madeira e (o porto em) Porto Velho”, disse, após participar do lançamento a Agenda Legislativa do Cooperativismo em 2010, promovida pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF).
Teles-Pires ficará de fora, de acordo com o ministro, porque a avaliação do governo é a de que a hidrovia não é a solução para o escoamento de produtos agrícolas no momento. “Há muitos problemas a serem enfrentados”, disse, citando que não foi feito até o momento um estudo sobre sua viabilidade e que não é conhecido o número de eclusas necessárias para tornar o rio navegável. “Essa hidrovia seria viável apenas em 15 anos, mas temos pressa”, descartou.
O ministro corrigiu hoje uma informação que concedeu ontem à Agência Estado. De acordo com ele, o segmento de armazenamento de produtos agrícolas contemplado no PAC 2 será de R$ 3 bilhões. Este, portanto, não será o valor total disponibilizado para as obras de infraestrutura que irão beneficiar o setor, como rodovias e portos também. “No total, o número ficará bem acima”, disse, sem, no entanto, fazer uma estimativa.
Stephanes explicou que não é possível comparar o volume de recursos no PAC 2 que auxiliarão a agricultura em relação ao PAC inicial porque o setor não foi consultado na elaboração do primeiro documento. “O PAC 1 não foi feito com uma visão de integração entre transporte, logística e agricultura”, comentou. Agora, de acordo com ele, a região Centro-Oeste do País será o foco dos empreendimentos.
Copyright © 2010 Agência Estado. Todos os direitos reservados.