A secretária de Estado americano, Hillary Clinton, fez um chamado ao primeiro-ministro tunisiano a fazer reformas democráticas para deter a agitação política no país africano, disse este sábado o porta-voz do Departamento de Estado.

Clinton pediu a Mohamed Ghanuchi “promover as reformas em curso e se comprometeu a apoiar uma transição para uma democracia aberta”, escreveu o porta-voz do departamento de Estado, Philip Crowley, no microblog Twitter.

Foi o mais recente esforço de Washington por exercer pressões para que se realizem reformas democráticas na Tunísia, após a deposição do presidente Zine El Abidine Ben Alí, que governou o país com mão de ferro por 23 anos.

Na quinta-feira, os Estados Unidos disseram esperar que a Tunísia possa ter “eleições confiáveis” este ano.

Ghanuchi enfrentava este sábado uma crescente pressão para se demitir, enquanto o principal sindicato do país manifestava-se contrário.

Milhares se reuniram na capital, Túnis, e em outras cidades, enquanto centenas de pessoas apoiadas pelo sindicato UGTT iniciaram uma marcha simbólica do centro-oeste da Tunísia, onde nasceu a “revolução dos jasmins”, rumo à capital.

Enquanto isso, parentes de Ben Ali chegaram esta sexta-feira ao Canadá, confirmou uma fonte governamental à AFP, enquanto um ministro canadense advertiu que os assessores do ex-presidente tunisiano “não eram bem-vindos”.

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