18/01/2018 - 12:34
A rede de moda sueca Hennes e Mauritz (H&M) anunciou nesta quarta-feira a criação de um cargo de gerência responsável por promover a inclusão após a controvérsia provocada por um moletom da marca com uma frase controversa considerada racista.
A H&M removeu de seu site na semana passada um anúncio de uma criança negra vestindo um moletom com a frase “The Coolest Monkey in The Jungle” (o macaco mais legal da selva, em inglês), e retirou a peça de seu estoque pelas críticas generalizadas recebidas nas redes sociais.
“O incidente recente foi claramente não intencionado, mas mostra quão grande é a nossa responsabilidade empresa global “, disse a empresa em sua conta no Twitter, que já havia se desculpado anteriormente.A empresa sueca afirmou que seu compromisso de abordar a diversidade e a inclusão é “genuíno”. Portanto, decidiu nomear “um líder global nesta área para avançar o trabalho”, além de anunciar que em breve haverá “mais notícias” sobre isso.
A repercussão do anúncio no site da H&M gerou críticas de muitas personalidades, como o jogador de basquete americano LeBron James e o artista canadense Abel Tesfaye, líder do projeto musical The Weeknd, que rompeu sua colaboração com a empresa sueca.
Várias lojas da rede na África do Sul foram alvo há quatro dias de ações de protesto, nos quais não houve feridos. A H&M decidiu, então, fechar temporariamente as lojas no paíspara garantir a segurança de seus funcionários.
Outros casos. Não é a primeira vez que uma grande marca se encontra nesta situação. Em 2014, a marca de roupa espanhola Zara teve que retirar do mercado uma camiseta infantil de listras com uma estrela amarela bordada que gerou polêmica por sua semelhança com os uniformes dos judeus nos campos de concentração nazistas.
Em outubro passado, a marca de perfumaria e cosmética Dove se desculpou por uma publicidade que também foi considerada racista. O anúncio mostrava uma mulher negra que ao tirar a camiseta se transformava em uma mulher branca e ruiva.