30/11/2017 - 19:12
O Honda Clarity foi escolhido nesta quinta-feira (30) o carro ecológico do ano no salão do automóvel de Los Angeles pela versatilidade de opções da fonte de energia que o faz funcionar.
O Clarity oferece versões as elétrica, híbrido ou a combustível de hidrogênio.
“Representa um marco oferecê-lo na mesma plataforma”, disse à AFP Ron Cogan, editor do Green Journal, publicação trimestral dedicada a veículos ecológicos e tecnologias e energias respeitosas ao meio ambiente, que entrega o prêmio.
“O que queríamos era oferecer aos consumidores uma opção baseada em seu estilo de dirigir”, informou Steve Center, vice-presidente para a América do Norte da divisão de meio ambiente da Honda.
“E a partir daqui, provavelmente veremos no futuro muitas opções de energia que dependerão das preferências e necessidades do consumidor”, disse à AFP.
O Clarity competiu com o Accord, também da Honda, e com o Hyundai Ioniq, o Nissan Leaf e o Toyota Camry, todos fabricantes asiáticos.
Conheça outros destaques apresentados no Salão do Automóvel de Los Angeles, que recebe o público desta sexta-feira (1º) até 10 de dezembro, com mais de 1.000 modelos do que há de mais moderno na indústria automobilística.
– Luxo –
Mesmo com o motor desligado, sentar-se em qualquer um dos modelos Porsche transmite sensação de velocidade, conforto, luxo. O mesmo pode ser dito do Mercedes Benz Cabriolet ou do esportivo híbrido BMW i8 Roadster, com poltronas que abraçam o corpo e dão vontade de encarar uma estrada.
Outros fabricantes exclusivos, como Maserati, Alfa Romeo, Audi e Jaguar também apresentaram seus carros no Auto Show, assim como o exclusivo Tesla.
Lexus, Mazda, Lincoln, Nissan, Mitsubishi, Volvo, Toyota, Kia e Nissan apresentaram novos modelos.
– F1 –
Onze mil rotações por minuto, mil cavalos de força, de 0 a 200 km/h em seis segundos e velocidade máxima de 350 km/h: este é o novo Mercedes-AMG Project One, que conta com motor de combustão e quatro motores elétricos que “provêm de nosso programa de F1, com modificações menores”, assegura Tobias Moers, diretor da empresa.
“Na Fórmula 1, a Mercedes-AMG ganhou tudo o que tinha que ganhar este ano e agora trazemos nossa tecnologia à rua”, disse.
– Não tão militar –
O Willys-Overland foi fabricado para a força armada americana em 1941. O modelo era GP, que em inglês se pronuncia “Ji-pi”, dando origem ao nome atual, Jeep, segundo algumas versões.
Pouco e muito resta d aquele veículo básico, sem luxo, totalmente mecânico. A Jeep lançou na quarta-feira seu novo Wrangler, com assentos em couro, nova aerodinâmica, monitores, tudo combinado com itens originais, como a grade de sete divisórias. A empresa o vendeu como “uma aproximação moderna ao design original”.
– Tudo elétrico –
Carros que funcionam exclusivamente movidos a eletricidade são cada vez mais comuns nas ruas de Los Angeles e de outras cidades americanas.
Mas marcas como Mercedes e BMW insistem em que seu portfólio de modelos vai aumentar consideravelmente na próxima década. Klaus Fröhlich, da BMW, disse que em 2025, vinte e cinco carros serão elétricos, 12 deles integralmente, entre eles o novo Mini, cujo protótipo foi apresentado na quarta-feira.
A BMW também apresentou o projeto BMW i Vision Dynamics, um sedã que especialistas consideram que será o concorrente do Tesla.
– Nada de autonomia por enquanto –
Em todas as apresentações insistiu-se em que os veículos contavam com uma “conectividade de vanguarda”, inclusive o Jeep: conexão por GPS, programas virtuais da Google ou da Amazon, mapas, centrais multimídia.
No entanto, todos os modelos mantêm volante e pedais – nada de autônomos, um tema que ocupou boa parte de uma conferência tecnológica prévia ao Auto Show, na terça-feira.
O controle humano dos carros permanece, pelo menos por enquanto.