Essas são as primeiras imagens no HR-V, o EcoSport da Honda. O jipinho será feito no Brasil, na fábrica de Sumaré (SP), a partir do próximo mês e será vendido em março do ano que vem.

Mostrado pela primeira vez no país, segundo a marca, o HR-V “une perfeitamente formas dinâmicas e vibrantes linhas de caráter que marcam um coupé, a funcionalidade de uma minivan, e a postura confiante e robustez de um SUV (sport utility vehicle), posicionando-o como um veículo completamente diferenciado”. Um jeito bonito de dizer que se trata de um SUV moderninho.

Apesar de o CR-V reestilizado e o Civic Si serem os maiores sonhos de consumo do estande, eles certamente não chamam tanta a atenção quanto o SUV compacto HR-V (cujo projeto, nome e possibilidade de fabricação nacional foram adiantados pela MOTOR SHOW, com exclusividade, em março de 2012). Quando chegar às concessionárias, em março , esse HR-V fabricado no Brasil vai focar principalmente o “vazio” de mercado entre as versões topo de linha de EcoSport e companhia e a categoria superior – que inclui Mitsubishi ASX, Fiat Freemont e o próprio Honda CR-V, entre outros modelos na faixa acima de R$ 90.000. Uma vazio que, com a chegada quase concomitante do Jeep Renegade e do Peugeot 2008 – e que já tem Chevrolet Tracker – não será mais tão vazio assim.

Na realidade, apesar de ser concorrente direto do EcoSport, como a Honda costuma aproveitar sua boa imagem e praticar preços acima da média do mercado, está fazendo propaganda em cima do acabamento e do porte desse jipinho urbano para justificar seu posicionamento. Há um grande exagero em dizer que se trata de um novo segmento do mercado. Esse segmento já existe há anos. De fato, o acabamento (da versão japonesa, pelo menos) é refinado e seu aproveitamento do espaço interno é muito bom, graças à plataforma compartilhada com Fit e City – com tanque de combustível debaixo do banco do motorista, que libera espaço atrás (e os passageiros sentem isso).

Diferentemente do SUV japonês (chamado lá de Vezel), que tem motor 1.5 com injeção direta, nosso HR-V tem o 1.8 flex do Civic, com 140 cv, mas associado à transmissão CVT já usada nos companheiros de plataforma (e que, como no City, terá borboletas no volante para trocas sequenciais). A tração é sempre dianteira, o que mostra que, apesar da imagem de jipinho, não tem pretensão aventureira. Como o carro do Salão “não tem” interior (está fechado e com vidros escuros), mostramos alguns detalhes do modelo japonês. O nosso não deve ter grandes diferenças – e, esperamos, vai manter a qualidade de acabamento.

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