O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira, 28, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicará Gabriel Galípolo para substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central a partir de 2025.

Ao lado de Haddad no anúncio no Palácio do Planalto, Galípolo afirmou que é “uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa” receber a indicação, ressaltando estar muito contente.

O nome precisará passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e ser aprovado pelo plenário da Casa, que terá um esforço concentrado de votações na primeira semana de setembro, em meio às campanhas para as eleições municipais, mas Haddad disse que essa definição não depende do governo.

Campos Neto parabeniza Galípolo

​O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, parabenizou Galípolo, pela indicação e afirmou, em nota, que após a sabatina e a aprovação pelos Senadores, a transição dos mandatos será feita “da maneira mais suave possível, preservando a missão da instituição”.

“Campos Neto tem trabalhado de forma harmônica e construtiva com o diretor Galípolo desde a sua chegada ao Banco Central. Campos Neto deseja a Galípolo muito sucesso nessa nova fase da sua vida profissional”, afirmou.

Quem é Galípolo

Ex-número dois de Haddad na Fazenda, Galípolo atua desde julho de 2023 como diretor de Política Monetária do BC. Com bom trânsito na equipe econômica e no Congresso, além de contar com a confiança de Lula, ele já era visto no mercado e no governo como um nome consolidado para assumir a presidência da autarquia.

Em junho, Lula havia dito que Galípolo, tem “todas as condições” para ser o novo presidente da instituição monetária. Na avaliação do presidente, Galípolo é um “menino de ouro”, competente e honesto.

Formando em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica, Galípolo saiu do cargo de secretário executivo do Ministério da Fazenda após ser indicado pelo governo para assumir direção no BC. Pesquisador Sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), também esteve à frente do banco durante os estudos para o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro.